“Dos Átomos e das Moléculas – A nossa história” é o título da conferência que se realiza esta sexta-feira, no âmbito da Academia Júnior de Ciências. A sessão acontece no Anfiteatro 6.1, às 15h00, dinamizada por Raquel Gonçalves, da Universidade de Lisboa.
A conferência é aberta ao público.
> Resumo
A Ciência está em toda a parte. Tudo, mas virtualmente tudo, é produto de um conjunto específico de elementos que se alinham numa Tabela Periódica.
Estudar a matéria e as suas interações – os átomos, as moléculas, as ligações, a composição, estrutura e propriedades, funções e reações – é fundamental para compreender o Universo – do infinitamente pequeno ao infinitamente grande. E a Química é a “ciência central”.
Se a Química é tão importante, e ninguém duvida disso, por que é geralmente considerada uma disciplina “boring”? Será possível modificar este estado das coisas? Sim, fazendo a diferença. Sim, porque a Química, tal como qualquer outra ciência, não existe sem os cientistas. A história da ciência fornece-nos continuamente o “elemento surpresa”. A nossa história é a história dos nossos heróis.
Gilbert Lewis pensou que os átomos podiam ser cúbicos... e entendeu as ligações simples e as ligações duplas. Linus Pauling começou a dobrar uma simples folha de papel... e descobriu a estrutura das proteínas. Desmond Bernal colocou uma bola (um átomo) e uma vareta (uma ligação) num modelo sempre que batiam à porta do seu gabinete; assim introduziu o “acaso” na estrutura do estado líquido. Max Perutz dedicou a sua vida ao estudo da hemoglobina 3D: localizou no espaço 2952 átomos de carbono, 4664 de hidrogénio, 832 de oxigénio, 8 de enxofre e 7 de ferro, e a Medicina Molecular agradeceu. Foi em Portugal Place, onde vivia, que Francis Crick lançou o fogo de artifício para comemorar a outorga do Prémio Nobel pela sua descoberta da estrutura do DNA.
Estes, e muitos mais, bem merecem um pódio no Hall of Fame.