A Universidade da Beira Interior (UBI) cumpre na próxima semana a sua 17.ª participação consecutiva na Eco Maratona Shell, que se disputa em Londres, entre 30 de junho e 3 de julho. Para esta edição, o Departamento de Eletromecânica (DEM) desenvolveu o UBIAN16, veículo que poderá conduzir a equipa UBICar a um lugar no pódio, tal como aconteceu em 2015.
A competir na categoria Urban Concept, o carro do ano passado percorreu 234 quilómetros com apenas litro de gasolina. A previsão para o deste ano é que faça cerca de 250 km, consumindo 0,4 litros aos cem, naquela que é uma participação de transição.
“Entendi, juntamente com Paulo Fael, docente que mais diretamente acompanha o projeto, que com o anterior motor dificilmente conseguíamos fazer mais. Decidimos então ter um projeto a dois anos e apostar forte em 2017, com este novo modelo”, explica Fernando Santos, presidente do DEM.
Uma estratégia favorecida pela existência de equipamentos na Faculdade de Engenharia que permitem desenvolver novas soluções, como a nova carroçaria em carbono, que estreará em 2017. À exceção do motor que é adquirido e depois alvo de alterações, o UNIAN2016 é totalmente desenvolvido pelos cerca de 15 estudantes portugueses e estrangeiros de cursos do DEM.
À semelhança das participações anteriores, a coordenação da formação é entregue a um estudante. O team leader desta vez é Daniel Cardoso, estudante de 2.º Ciclo de Engenharia Eletromecânica. É o responsável pela articulação entre os elementos da equipa, composta por alunos de 1.º e 2.º Ciclo do DEM, respetivamente licenciatura e mestrado, das engenharias Eletromecânica, Mecânica e Design Industrial.
Apesar de já existirem participações de alunos em Erasmus, a intenção dos responsáveis do Departamento é envolver ainda mais estudantes internacionais, num projeto aliciante que todos os anos mobiliza o Departamento para que os alunos aprendam além da sala de aula.
“Para o DEM e para a Faculdade de Engenharia sempre foi um projeto pedagógico. Facultamos aos alunos a oportunidade de construírem algo de raiz”, sublinha Fernando Santos, lembrando a experiência adquirida pela multidisciplinaridade dos seus elemento: “Coloca a trabalhar em conjunto pessoas de diversas áreas da mecânica ou do design, tal como terão de fazer no futuro, quando estiverem a trabalhar”.
O team leader considera a experiência enriquecedora porque abre horizontes. “O curso que estou a fazer abre-me várias possibilidades de trabalho, mas sempre tive afinidade com o mundo automóvel. Com esta experiência tenho oportunidade de fazer o meu caminho futuro”, conclui Daniel Cardoso.
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