A Universidade da Beira Interior (UBI) considera a aprovação da candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial uma oportunidade de desenvolvimento integrado deste território, aproveitando a capacidade instalada de entidades como municípios e instituições de Ensino Superior.
A UBI integra, desde a fundação, a Associação Geopark Estrela (AGE), organismo que ao longo dos últimos quatro anos desenvolveu e apresentou a proposta que foi aprovada pela UNESCO na 4.ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais, que teve lugar na Indonésia esta semana. O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) é a outra instituição de Ensino Superior que integra a candidatura.
Prevê-se que as duas instituições científicas apostem na investigação “para garantir o melhor conhecimento possível das características do território e as suas potencialidades geológicas e paisagísticas”, referiu a AGE, em comunicado.
Entre as prioridades está a formação de quadros especializados na preservação ecológica, proteção ambiental e na gestão do turismo. “Pretendemos dar resposta às necessidades que precisam de ser colmatadas para conseguirmos manter a área da Serra Estrela protegida e fazermos um bom uso dos recursos disponíveis”, adianta o mesmo comunicado, assinado pelo presidente da AGE, Joaquim Brigas, também presidente do IPG.
A vice-presidência foi atribuída à UBI, representada pelo Vice-Reitor, José Páscoa. Este considera que o "Geopark Estrela é uma oportunidade para estreitar laços entre os municípios e as instituições de investigação, sendo que esta ligação já foi motivo de candidatura e aprovação de projetos financiados entre a UBI, IPG e AGE". Acrescenta que “a Associação Geopark Estrela tem ainda a sorte de poder contar com uma equipa executiva extraordinária, coordenada pelo Dr. Emanuel de Castro".
Além da UBI e IPG, a Associação Geopark Estrela é composta por nove municípios dos distritos da Guarda (Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia), Castelo Branco (Belmonte e Covilhã) e Coimbra (Oliveira do Hospital). O projeto pretende aproveitar o potencial turístico, económico e social dos municípios que fazem parte do território e, por conseguinte, o aumento da qualidade de vida das populações.
Depois da aprovação desta semana, elogiada por autarcas da região e pelo Primeiro-Ministro, António Costa, a candidatura fica agora apenas a aguardar o parecer do Conselho Executivo da agência das Nações Unidas.