Empresas do UBImedical empenhadas no combate à Covid-19

UBI   17 de abril de 2020

LABFIT, BEDEV, VH Productions e Zonicstech estão a desenvolver trabalhos diretamente relacionados com a ajuda ao combate à pandemia.

Ficheiro com o nome: N_FCS005

Com o avançar da Covid-19, provocada pelo novo Coronavírus, são várias as empresas que se estão a mobilizar para o combate à pandemia. São os casos da LABFIT, BEDEV, VH Productions e Zonicstech, sediadas no UBImedical, estrutura associada à UBI de apoio à investigação e incubação de empresas.

Ana e Rita Palmeira de Oliveira, duas farmacêuticas investigadoras do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da UBI e fundadoras da LABFIT - empresa na área da farmacêutica – fundaram a Pharmapoli, que neste momento se centra na produção de um desinfetante das mãos de tipo solução hidro alcoólica.

“A LABFIT nasceu em plena crise nacional de 2011, a Pharmapoli nasce em 2020 numa fase de crise mundial. Ambas as marcas materializam a vontade de fazer acontecer em ambientes improváveis”, constata Ana Palmeira de Oliveira.

“Mesmo antes da pandemia da Covid-19, a Pharmapoli já estava sonhada e estruturada para nascer como marca de produção. A situação atual veio acelerar o processo e representar um desafio para iniciarmos a produção com um tipo de produto que nem sequer estava nos planos iniciais”, explica Rita Palmeira de Oliveira. “As crises representam muitas vezes oportunidades para as empresas se reinventarem e encontrarem soluções para darem resposta às necessidades do momento”, considera a farmacêutica.

A marca LABFIT, centrada na prestação de serviços laboratoriais e consultoria, junta-se desta forma à marca Pharmapolis, com o enfoque na produção de cosméticos e dispositivos médicos “e atualmente, para dar resposta às necessidades de mercado, também à produção deste biocida para desinfeção das mãos”, reforça Rita Palmeira de Oliveira.

Quanto ao futuro, a ideia é “que ambas as marcas, juntas, contribuam para o desenvolvimento do território onde estamos sediados e gerem conhecimento, segurança e riqueza para todos os que contribuem para fazer desta empresa uma referência no mercado internacional”, sublinha Ana Palmeira de Oliveira.

A BEDEV desenvolve dispositivos biomédicos, aplicações para smartphones e impressões 3D, e é dentro desta última especialidade que o responsável, Gonçalo Fonseca, encontrou também uma oportunidade de contribuir para a atual situação de combate à pandemia.

A empresa do diplomado em Bioengenharia pela UBI está a fabricar viseiras “para doar ao CHUCB, ao Centro de Saúde da Covilhã, a lares de idosos, bombeiros e a todas as entidades ligadas mais à área da saúde que necessitem”, explica.

“O ano passado ganhei uma bolsa de investigação do IAPMEI, que depois me deu a possibilidade de fazer uma empresa nesta fase. Entretanto tinha adquirido uma impressora 3D e quando começou a surgir esta situação do Coronavírus, a Prusa – que é a empresa que me forneceu a máquina – mandou um email a incentivar as pessoas que tivessem máquinas deles a fabricarem viseiras. Aderi ao movimento e comecei a desenvolver um pouco mais, falei com profissionais de saúde que me ajudaram a aperfeiçoar o modelo, já fiz o protótipo final e já estou a produzir para doar”, conta.

Para além das viseiras, a BEDEV está também a desenvolver peças para ventiladores. “Todos nós podemos fazer um pouco e não custa nada tirar algumas horas do nosso dia para ajudar naquilo que for preciso”, lembra Gonçalo Fonseca.

Para a população em geral que, de resto, “tem aderido em massa”, a BEDEV aceita alguns materiais necessários à produção das viseiras: velcro; folhas de acrílico, preferencialmente de tamanho A3; filamento PLA 1,75mm para impressora 3D Prusa.

Caso não seja possível, quem quiser poderá também contribuir financeiramente para o seguinte IBAN: PT50001800033503906402012.

A VH Productions dedica-se essencialmente à comunicação estratégica e desenvolvimento de alguns produtos ligados à área da Medicina, “e há cerca de 4 semanas foi-nos lançado o desafio por parte do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira para desenvolvermos uma viseira de proteção e em colaboração com outra empresa do Fundão (Francisco Sanches Fotografia) produzimos o protótipo, apresentámos e foi aprovado”, refere o responsável. “A partir daí fizeram-nos uma encomenda, começámos a produzir, começou a espalhar-se a palavra porque houve muita necessidade por parte de outras instituições e já entregámos 6 mil viseiras”, conta Mauro Nina.

“Tenho também uma marca própria de consumíveis de impressão, também disponibilizei impressões gratuitas à sociedade da Covilhã e Fundão, nomeadamente aos alunos que precisem de imprimir fichas de trabalho, por exemplo. Faço-o gratuitamente e entrego aos pais”, refere o responsável da VH Productions. Mauro Nina pode ser contactado por eventuais interessados através do email: m@vhproductions.org.

Entretanto, os responsáveis da Zonicstech, startup dedicada aos dispositivos móveis, também já mostraram disponibilidade para proceder ao arranjo de equipamentos que possam estar avariados, como ventilados, por exemplo. Os interessados podem entrar em contacto com a empresa através do email: emgrodrigues@zonicstech.eu.

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