Apresentação do livro “Sempiterno” de Raquel Loio, pelo Professor Doutor António Bento (Diretor da Biblioteca da UBI) e o Professor José Rosa (Presidente da FAL) no auditório da Biblioteca Central no próximo dia 13 (2ª feira).
O livro “Sempiterno”, de Raquel Loio, está associado à ideia de uma iniciação que visa a compreensão integral da própria existência. E, dada a complexidade desta questão, em vez de ser oferecida uma solução, é apresentada uma reação da consciência, que se atém à questão sobre quem é, no seu todo.
Assim, são considerados os momentos da vigília, isto é, do estado acordado, com atenção de nível elevado ou de nível baixo, e os sonhos, mais ou menos vívidos, durante o sono. Logo, esta história assume tanto um caráter reflexivo, por vezes crítico, como um caráter simbólico, fantasioso e, por vezes, delirante.
A consciência retratada, sem negar a sua confusão e mistério, encontra-se em estado de crise, talvez a comummente chamada crise existencial. No entanto, a partir deste estado, pode encontrar tranquilidade. Pois, naqueles momentos em que o pensamento compreende ser, ele próprio, o limite para abordar algo que o transcende, silencia-se de uma forma natural. E, ao ser mantida a atenção com um verdadeiro silêncio interior, e toda a vivacidade da mente, é como se se alcançasse um novo estado capaz de maravilhamento com o mundo, capaz de compreender o novo, um estado criativo. Neste caso, seria realizada uma iniciação e alcançada, em simultâneo, a finalidade da compreensão.
Neste sentido, o livro recorre a uma narrativa dinâmica, numa perspetiva de primeira pessoa, com referência a vários símbolos, intuitivamente compreendidos, visto que fazem parte da humanidade.
Biografia
Raquel Loio encontra-se a desenvolver um projeto de investigação na área da fenomenologia e filosofia do espírito, no âmbito do Doutoramento em Filosofia, na Universidade da Beira Interior. Terminou o Mestrado em Antropologia Médica, pela Universidade de Coimbra, em 2012. Exerceu enfermagem, maioritariamente na área da toxicodependência, entre 2008 e 2015.