O espaço exterior da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) tem a crescer, desde esta semana, uma zona arborizada, composta por cerca de 70 espécimes de plantas e árvores. A iniciativa, desenvolvida pelo Grupo de Sustentabilidade da FCS-UBI, visa criar um espaço de fruição, com espécies da região e potencial medicinal.
A atividade realizou-se no dia 18 de abril e contou com a participação de estudantes, docentes e não docentes da Faculdade, com a mobilização de algumas dezenas de pessoas. A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESA-IPCB)/Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior cedeu as árvores e coordenou a colocação no terreno.
O presidente da FCS-UBI enquadra a iniciativa nos propósitos do Grupo de Sustentabilidade e na relevância que têm o mundo verde e as árvores. “Falámos com a ESA-IPCB, que teve uma colaboração fantástica”, descreve Miguel Castelo-Branco, e a ideia foi aplicada “num espaço muito apropriado para essa finalidade”.
A Faculdade irá dispor, junto dos campos desportivos, de novas sombras para os dias soalheiros e um ambiente mais agradável do ponto de vista ecológico. “Concretizámos assim a nossa vontade de trabalhar para um ambiente melhor e mais saudável”, acrescenta.
Fernanda Delgado, docente e investigadora da ESA-IPCB, coordenou a escolha das espécies e a plantação. Explica que a seleção privilegiou algumas espécies da região que, entre outros aspetos, criasse um espaço verde e ornamental. Há, por exemplo, medronheiros, cipreste lusitano, carvalhos ou nogueiras.
Os estudantes têm a possibilidade de fazer a sua classificação, acompanharem o crescimento e ampliarem o conhecimento sobre as mesmas, nomeadamente do seu poder para a saúde. “A ideia é os alunos estudarem-nas e recuperar essa informação sobre as capacidades medicinais”, explica Fernanda Botelho, lembrando o potencial de várias delas nas áreas cardiovasculares, cognitivas ou antioxidantes.
O Grupo de Sustentabilidade da FCS-UBI integra estudantes, docentes e não docentes e já dinamizou campanhas dedicadas à reciclagem de máscaras, que tiveram uso intensivo nos últimos anos. “Desenvolvemos um conjunto de iniciativas relacionadas com a poupança da energia e de água, dentro dos consumos do dia a dia. Fazemos reflexões e iniciativas que vamos continuar a ter, para contribuirmos para tornar o mundo mais adequado, rumo à sustentabilidade”, conclui Miguel Castelo-Branco.