“Rota da Seda_entre o Oriente e a Europa” é o título da exposição temporária que o Museu de Lanifícios (MUSLAN) tem patente durante o período de verão. O espaço museológico da Universidade da Beira Interior (UBI) vai manter-se em funcionamento durante este mês, surgindo como uma proposta alternativa para os visitantes que pretendam conhecer a história de uma indústria que também contribuiu para formar a identidade da região.
Até dia 8 de setembro, à exceção das segundas-feiras, o MUSLAN dá então a conhecer um conjunto de fotografias da autoria de José Luís Santos, professor de História, fotógrafo e viajante, que registou os locais da milenar rota do comércio da seda. Imagens que representam locais de interseção de povos, de culturas e de civilizações.
O acesso à exposição é livre, gratuito e para todas as idades, de terça a domingo, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 18h00.
Dentro dos mesmos horários, os visitantes podem conhecer a coleção permanente dos dois principais polos do MUSLAN: o Núcleo das Tinturarias da Real Fábrica de Panos, dedicado aos processos e técnicas da transformação, tingimento e acabamentos dos panos e fios de lã de uma manufatura oitocentista; e o complexo da Real Fábrica Veiga/Centro de Interpretação dos Lanifícios, dedicado ao processo de industrialização, desde o início do século XIX à década de 1970 do século XX.
Para quem preferir percursos ao ar livre, o MUSLAN preparou três trajetos urbanos, designados Rota da Covilhã, que conduzem aos locais mais significativos da indústria de lanifícios. Abarca desde as áreas musealizadas ao vasto património industrial disseminado pela cidade: edifícios fabris, estendedouros e râmolas de sol, chaminés, maquinismos, palacetes, bairros operários e outras infraestruturas. O download das rotas pode ser feito a partir do site do MUSLAN.
O Museu de Lanifícios, que tem como lema “Os fios do passado a tecer o futuro”, faz parte da Rede Portuguesa de Museus desde 2002. Constitui um Centro da UBI e tem por missão salvaguardar e conservar ativamente o património industrial têxtil móvel, assim como promover a investigação e divulgar as tecnologias associadas à manufatura e à industrialização dos lanifícios, nas suas vertentes patrimonial, económica, político-social, científica-técnica, artística e cultural.
A sua criação é um dos contributos da UBI para o engrandecimento da região e tem tido uma significativa adesão. Em 2019, até ao mês de julho, este centro de conhecimento aberto a toda a comunidade recebeu mais de 8.607 pessoas. Além das visitas às exposições (temporárias e permanentes) e das conferências o MUSLAN promoveu ateliês e/ou workshops em que participaram cerca de 650 pessoas. Também se realizaram 71 visitas orientadas a grupos de visitantes.
Números que deverão continuar a aumentar, com as diversas atividades preparadas para depois do verão. Estão já previstas oficinas de debuxo e de tecelagem, o fim de semana descontraído “Coolwool” (Turismo criativo – CREATOUR) e um workshop de feltragem e eletrónica embutida com a artista Ana Rita Albuquerque.
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Museu de Lanifícios