Código |
15559
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Ano |
1
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Semestre |
S2
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Créditos ECTS |
6
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Carga Horária |
OT(15H)/TP(45H)
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Área Científica |
Filosofia
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Objectivos de Aprendizagem |
A Filosofia Medieval tem como objetivo tornar os alunos capazes de:
1. Problematizar a própria designação, de identificar e situar no tempo as fontes, os temas, as correntes de pensamento e os autores fundamentais na Idade Média, desde Santo Agostinho até ao séc. XIV.
2. Saber determinar factores condicionantes, no plano político, jurídico, histórico e cultural, da ideia de ‘transmissão dos estudos’ (“translatio studiorum”) ao longo da Idade Média;
3. Compreender, explicar e questionar o modelo medieval de saber que procura conjugar a Fé e a Razão no que respeita às relações entre o Mundo, a Alma e Deus, a Física, a Lógica e a Metafísica, a ordem moral do mundo e a demonstração da existência / essência de Deus;
4. Questionar-se sobre os limites do conhecimento, da liberdade e da responsabilidade humanas face à afirmação da providência, omnisciência e omnipotência divinas;
5. Ser capaz de compor um texto escrito a respeito de um tema / autor dado no programa e de o expor oralmente
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Conteúdos programáticos |
0. Introdução. Matrizes, correntes e momentos fundamentais do pensamento tardo-antigo e medieval. Problematização da noção de ‘'Idade Média’. 1. De Agostinho de Hipona (354-430) à "translatio studiorum” entre o séc. V e o séc. IX. Temáticas e autores. 2. A “fides quaerens intellectum” de Anselmo de Cantuária. 3. A “Falsafa” árabe: autores, temas e problemas, com destaque para Averróis. 4. O nascimento das 'Escolas’: Chartres, Cister, São Vítor; Ordens Mendicantes..., com particular atenção à linguagem e à figura de Pedro Abelardo. 5. A redescoberta de Aristóteles e introdução ao pensamento de Tomás de Aquino (1225-1274) e de Boaventura de Bagnoreggio(1217-1274). 6. Conclusão. Emergência de fracturas (metafísicas, epistemológicas, éticas, políticas) no 'longo séc. XIV'. O “princípio do fim da Idade Média”.
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Metodologias de Ensino e Critérios de Avaliação |
Em função da natureza reflexiva da disciplina Filosofia Medieval, haverá aulas de exposição e introdução aos temas e autores, e aulas de teor mais prático com interpretação de textos, comentário, diálogo, esclarecimento de dúvidas e debate com os alunos. Nestas aulas haverá forte vinculação à análise textual, ao reconhecimento, nos textos, dos autores, dos temas e do contexto histórico daqueles. A classificação final resulta da conjugação dos seguintes elementos: a realização de duas provas de frequência, a 1.ª no dia 3 de abril (45%) e a 2.ª no dia 5 de junho (45%). A assiduidade (= 75%, salvo os casos previstos na lei), a participação, a qualidade da oralidade, o interesse manifesto ao longo do percurso, o cuidado posto no estudo, na leitura dos textos e na preparação de tarefas serão ponderadas em 1o%, de acordo com o método de observação global direta (OGD).
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Bibliografia principal |
GILSON Étienne, La philosophie au Moyen Âge, Payot, Paris, 1986 JEAUNEAU É., A Filosofia Medieval, Ed. 70, Lisboa,1986 - ABELARDO Pedro & HELOÍSA, Historia Calamitatum /FCG, Lisboa, 2021 ABELARDO Pedro, Conhece-te a ti mesmo, Edições Afrontamento, Porto, 2013 AGOSTINHO Santo, Confissões, trad. port., A. do Espírito Santo et alii, Lisboa, IN-CM, 2021 AGOSTINHO Santo, Diálogo sobre a Felicidade, trad. port., Mário Santiago de Carvalho, do Espírito Santo et alii, Lisboa, IN-CM, 2021 ANSELMO Santo, Proslogion (Introdução, tradução, notas, propostas de trabalho e recepção do Argumento), trad. port. José M.S. Rosa e Helena Reis Pereira, Lisboa, Texto Editora, 1995 AVERRÓIS, Discurso Decisivo..., Lisboa, IN-CM, 2007 BOAVENTURA, Itinerário da mente para Deus, Editora Vozes, Petrópolis, 2018 BOÉCIO, A Consolação da Filosofia, FCG, Lisboa, 2016 / S. Paulo, Martins Fontes, 1998 TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica [Summa Theologiae], 9 vols., Edições Loyola (ed. bilingue), São Paulo, 2001 – 2006
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Língua |
Português
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