Objectivos de Aprendizagem |
No final desta UC, o aluno deve ser capaz de: 1. Identificar a morfologia fundamental do fenómeno religioso e as categorias estruturantes da experiência religiosa, na relação com outras expressões da cultura humana; 2. Contextuar historicamente e problematizar criticamente a natureza do fenómeno religioso; 3. Reconhecer a crítica filosófica da religião realizada por autores modernos como Descartes, Espinosa, Kant, Hegel, Feuerbach, Marx, Nietzsche e Freud; 4. Questionar-se sobre se, na ação humana, haverá uma ínsita intencionalidade transcendente.
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Conteúdos programáticos |
PROLEGÓMENOS A UMA FENOMENOLOGIA DA RELIGIÃO. A noção de ‘fenómeno religioso’: M. Eliade vs. R. Otto. Do problema da universalidade, originalidade e irredutibilidade do ‘fenómeno religioso’ às categorias fundamentais da experiência religiosa: a noção de ‘Hierofania’ e a delimitação simbólico-religiosa do Espaço (‘santuário’), do Tempo (‘calendário’) e da Ação humana (‘tabu’; ‘interdito’ / ‘prescrito’). A oposição – composiçã0 ‘Sagrado’ / ‘Profano’ como estrutura fundamental do universo religioso. Elucidação das noções de Mito (mýthos), de Símbolo (sýmbolon) e de Rito (*rta, éthos, telete, ritus). A Filosofia frente à Religião: que relações? Breve panorâmica histórica, desde uma ‘filosofia religiosa’ (v.g., Platão ou Santo Agostinho) a uma ‘filosofia ateia” (Feuerbach ou Nietzsche).
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Metodologias de Ensino e Critérios de Avaliação |
Considerando a índole reflexiva da disciplina, a metodologia das horas de contacto articulará a apresentação e explicação sistemática de temas, o diálogo e a discussão com os alunos, a leitura conjunta de textos e outros materiais (powerpoints, imagens, filmes, etc.), o diálogo e a discussão com os alunos, o comentário crítico. O programa foi pensado supondo a presencialidade efectiva dos alunos.
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Bibliografia principal |
DUQUE J. M. (2003), Dizer Deus na Pós-Modernidade, Lx., Alcalá ELIADE M. (s.d.), O Sagrado e o Profano, Lisboa, Ed. Livros do Brasil FRAIJÓ M. (1994) Filosofía de la religión, Trotta, Madrid, HEGEL G. W. Friedrich (2003), Esprit du christianisme et son destin, Paris, Vrin HEIDEGGER M. (2002), «A palavra de Nietzsche "Deus morreu"», in Caminhos de Floresta, Lx., FCG, pp. 241-305. KANT I. (2015), A Religião dentro dos limites da razão, Lx. Ed. 70. KOLAKOWSKI L .(1985), Philosophie de la religion, Paris, Fayard. LUBAC H. de (1964), O Drama do Humanismo Ateu, Porto, Porto Editora. NIETZSCHE F. (1997), Para a Genealogia da Moral. Um escrito Polémico, in Obras Escolhidas de Nietzsche: Vol. VI, Lx., Círculo de Leitores. OTTO Rudolf, O Sagrado, Lisboa, Ed. 70, [s.d.]. ROSA J. (2003; em col.), "Religião”", in VELBC – Edição Séc. XXI, vol. 25, Lx., Verbo, cols. 10-53. SCHAEFFLER R. (1992), Filosofia da Religião, Lx, Edições 70.
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