Objectivos de Aprendizagem |
No final desta UC, o aluno deve ser capaz de:
1. Identificar a morfologia fundamental do fenómeno religioso e as categorias estruturantes da experiência religiosa,
na relação com outras expressões da cultura humana;
2. Contextuar historicamente e problematizar criticamente a natureza das 'hierofanias' e do fenómeno religioso.
3. Relacionar as características essenciais do judaísmo, do cristianismo (e do islamismo) enquanto fenómenos
religiosos, com a génese da Filosofia da Religião na Modernidade europeia;
4. Dar conta e explicar a natureza de algumas das críticas filosóficas à religião prosseguidas ao longo da Modernidade
ocidental (v.g., Descartes, Espinosa, Holbach, Kant, Hegel, Feuerbach, Nietzsche e Freud).
5. Questionar-se sobre a ambiguidade do impulso para transcendência presente na ação humana.
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Conteúdos programáticos |
1. As noções de fenómeno religioso e de religião. Questionamento da universalidade da experiência religiosa. As
hierofanias e a demarcação qualitativa do espaço (santuário), do tempo (calendário) e da acção (puro / impuro). A
polaridade Sagrado-Profano como essência do universo religioso. As noções de mito, de símbolo e de rito. A Filosofia
frente à Religião.
2. Hermenêutica filosófica da religião. A) Filosofia da religião como críticas do judaísmo e do cristianismo, na
Modernidade. B) A Reforma protestante, o princípio do livre exame das Escrituras e a remissão do religioso para a
subjetividade crente. A emergência da Secularização. C) A ideia de 'Religião nos limites da simples razão', em I. Kant.
D) A hermenêutica teológico-política do jovem Hegel, em «O Espírito do cristianismo e o seu destino»: da religião
como cisão à religião como reconciliação (Volksreligion). E) De Hegel a Nietzsche, passando por Feuerbach.
3. Como 'pensar Deus' depois de Nietzsche e depois de Auschwitz?
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Bibliografia principal |
DUQUE J. M. (2003), Dizer Deus na Pós-Modernidade, Lx., Alcalá
ELIADE M. (s.d.), O Sagrado e o Profano, Lisboa, Ed. Livros do Brasil
FRAIJÓ M. (1994) Filosofía de la religión, Trotta, Madrid,
HEGEL G. W. Friedrich (2003), Esprit du christianisme et son destin, Paris, Vrin
HEIDEGGER M. (2002), «A palavra de Nietzsche "Deus morreu"», in Caminhos de Floresta, Lx., FCG, pp. 241-305.
KANT I. (2015), A Religião dentro dos limites da razão, Lx. Ed. 70.
KOLAKOWSKI L .(1985), Philosophie de la religion, Paris, Fayard.
LUBAC H. de (1964), O Drama do Humanismo Ateu, Porto, Porto Editora.
NIETZSCHE F. (1997), Para a Genealogia da Moral. Um escrito Polémico, in Obras Escolhidas de Nietzsche: Vol. VI, Lx., Círculo de Leitores.
ROSA J. (2003; em col.), "Religião”", in VELBC – Edição Séc. XXI, vol. 25, Lx., Verbo, cols. 10-53.
ROSA J. (2010), “Religião: humanismo ou violência?”, in Razão e Liberdade…, Vol. I, CFUL, Lx., pp.217-244.
SCHAEFFLER R. (1992), Filosofia da Religião, Lx, Edições 70.
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