Depois da estreia no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, o espetáculo multidisciplinar “Entretecer”, uma produção da Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã e da Pé de Pano – Projetos Culturais, com direção de Maria Belo Costa estará em cena na Covilhã, de 23 de outubro [terça-feira] a 27 de outubro e de 30 de outubro a 1 de novembro, no Auditório do Teatro das Beiras, com sessões às 21h30.
A apresentação de dia 23 de outubro.2012 [terça-feira], estará inserida nas comemorações do 10º Aniversário da Quarta Parede. A entrada será gratuita, devendo ser feita reserva para os seguintes contactos:
qp@quartaparede.pt | 275 335 686 | 969 785 312
Sinopse: O espetáculo Entretecer parte da ideia de que uma Manta Comunitária é o mesmo que Lugar, Paisagem, Geografia, Mapa. No mesmo espaço e tempo coabitam as artes plásticas, a dança e o teatro, criando relações entre o real e o virtual, pensamentos construídos e sentimentos subjetivos, cores e movimentos, texturas e gestos, velocidades e registos gráficos... Neste ligar, os mapas. Os mapas apresentam-se em formatos distintos, horizontais, verticais, invisíveis. São mapas da pele, contêm as dobras, os vincos, os riscos do tempo. São mapas de corpos, de roupas, de terra, de vozes, letras e sons. São mapas de nada, que se erguem e desaparecem, dependendo do ponto de vista, daquilo que se quer ver. Dos vários mapas-retalhos, que teia, que trama, que manta se constrói… As imagens surgem como o vento, revelam outros lugares fora da cena, que pela experiência se inscreveram no corpo. Há um movimento de errância através desses lugares no e pelo corpo próprio dos performers. Orientação, desorientação e reorientação entre dois caminhos, o da cena e o da memória. E sempre as perguntas: Como se constrói o lugar onde vivo e como isso me constrói a mim. Como contamino os lugares e como eles me contaminam a mim.
Sobre o processo
ENTRETECER é um projeto pluridisciplinar de Criação / Investigação Comunitária, constituído por duas fases distintas de trabalho, mas ligadas entre si.
A primeira fase de Investigação e Formação, envolveu criadores de áreas artísticas diferentes num trabalho direto com a comunidade. Neste momento, recolheram-se informações e materiais sobre os Lugares, mas, sobretudo, envolveram-se as pessoas em processos criativos, através de momentos de formação.
Recolheram-se:
Gestos, marcas, palavras, movimentos, atitudes, pessoas, rugas, representações de ideias, vínculos, histórias pessoais, representações de lugares, experiências…
As recolhas são matérias a transformar pela equipa artística. São o texto que é preciso estudar, analisar, sublinhar, rasurar, para criar um novo sentido. São o corpo a trabalhar, a explorar, a alinhar e desalinhar, a reinventar até se chegar à escrita.
Esta fase foi iniciada em setembro de 2011 com um grupo de Seniores de S. Torcato, em Guimarães. O trabalho foi mais tarde alargado também às crianças desta comunidade. A partir de fevereiro, prosseguiu com um grupo de Seniores da Taberna Seca em Castelo Branco. Foram ainda realizadas várias entrevistas nos Lentiscais, Castelo Branco.
A Criação do espetáculo Entretecer, a segunda fase deste processo, constitui o momento da síntese, da apropriação, da concretização no palco. É o momento para a pergunta: Que imagens físicas podemos construir com tudo o que se viu, sentiu e pensou. Antes recolhemos em investigação, agora fazemos a tese. A investigação (formação) foi metodologia e processo. Propôs experiência capaz de gerar pensamento.
Cada participante deixou-nos algo de si, como uma geografia de si próprio em relação com o lugar que habita e os movimentos do Tempo e da Memória. Ficámos com muitos retalhos individuais, que compõem, em conjunto, uma MANTA COMUNITÁRIA, sinónimo de Lugar, de Paisagem, de Geografia, repleta de aspetos identitários individuais e coletivos. Cada MANTA conseguida surge como um fragmento de um todo, que foi necessário aproximar, unir. Importa sublinhar que durante todo o projeto utilizámos o processo de construção de uma Manta de Retalhos como conceito artístico essencial e unificador e como base metodológica.
Ficha artística/técnica: Conceção e direção: Maria Belo Costa
Interpretação: Maria Belo Costa e Sílvia Ferreira
Conceção Plástica: Lara Soares
Paisagem Sonora: Defski
Vídeo e Design Gráfico: Helder Milhano
Desenho de Luz: Pedro Fonseca
Produção Executiva: Celina Gonçalves
Registo vídeo do espetáculo: Rodolfo Pimenta e Joana Torgal
Produção: Pé de Pano – Projetos Culturais, Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã
Coprodução: Centro Cultural Vila Flor, Câmara Municipal de Castelo Branco/Cine-Teatro Avenida
Apoio: Junta de Freguesia de Castelo Branco, IPCB/ESART, IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude e ETEPA
Informações úteis:
Contactos sala
Auditório do Teatro das Beiras
Travessa da Trapa, 2
Apartado 261
6201-909 Covilhã
Tel.: 275 336 163
Site: http://www.teatrodasbeiras.pt
Preço bilhetes: 6€ / 3€ [bilhete com desconto]
No dia 23 de outubro a entrada é gratuita, estando sujeita à limitação da sala.
Contactos reservas
e-mail:
qp@quartaparede.pt | tel: 275 335 686 | tlm.: 969 785 312 [Celina Gonçalves]