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Seminários no âmbito do 2º ciclo em Design industrial Tecnológico

Próximo seminário no dia 11 de Maio " Design e Produção: Desenvolvimento do Produto"

EVENTO:

  De 11 a 12 de maio de 2010

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Anfiteatro 8.1 - 14:30

  • Design e Produção: Desenvolvimento do Produto
    Prof. Carlos Duarte - Professor do Instituto Superior de Arte, Design e Marketing (IADE) de Lisboa
    Ao longo dos últimos cem anos, as estratégias utilizadas pelos agentes económicos para criar produtos competitivos conduziram à evolução e diversidade do Design. Foi uma época caracterizada pela aplicação sistemática do conhecimento científico à resolução dos problemas económicos, visando o crescimento sustentado do nível de vida das populações. Os novos materiais e as novas tecnologias do final do século XX e princípio do século XXI tornaram-se num desafio imenso para os designers. Estes passaram a poder dispor de uma maior área de acção.

    A nossa espécie – homo sapiens – difere de todas as outras, pela sua capacidade inata para criar e fazer objectos a partir dos materiais disponíveis. São os materiais que permitem atribuir substância aos objectos para que, por sua vez, os possamos ver e tocar. Actualmente, tudo pode ser “Design”: automóveis, roupas, websites, equipamentos de lazer, equipamentos para hotelaria, mobiliário e um sem fim de outros utensílios. É-lhes atribuída uma identidade própria, associada a uma enorme corrente de seguidores.

    Neste quadro de referência, o Design pode ser encarado, como uma componente essencial, ligado à noção de modernidade que um projecto deve conter, nomeadamente o valor de uso que o produto final deve incorporar, tendo em conta os mais diversificados aspectos socio-económicos. É uma das características mais importantes da cultura contemporânea. Nada é estático. Tudo varia, tanto com o tempo como com o lugar, e não podemos atribuir a nada uma qualidade invariante como a identidade pressupõe.

    Haverá com certeza, objectos que serão capazes de combinar aspectos funcionais com aspectos de natureza simbólica e decorativa. O designer só se sente realizado quando se sentir capaz de combinar elementos de natureza técnica ou da ciência aplicada, que terá, porventura, hoje ao seu dispor, com elementos de natureza estritamente estética. Ou seja, ter capacidade para combinar o prático e útil, com o prazer ou elementos de carácter emocional. Objectos esses, cujas formas expressem sentimentos intrínsecos ao seu criador, que efectivamente resultam do fruto da sua imaginação, e que visam assim, encantar quem os adquira, não só pelo seu aspecto estético ou emocional, mas também pela sua forma e funcionalidade associada.

    Uma das características dos humanos é serem consumidores por natureza. Compram objectos ou artefactos, não só pela utilidade que lhes possa estar associada, mas igualmente porque têm a ambição de os adquirir, nem que seja pela simples razão de que gostam dos mesmos, e eventualmente até, porque sempre os ambicionaram ter. Sabemos hoje, que a condição essencial para que um produto possa obter sucesso, não passará por ser apenas, suficiente que o mesmo seja funcional, mas sim, ser fácil de o utilizar, que tenha personalidade, e acima de tudo, dê prazer a quem o usufrua.

    É neste quadro geral de referência, que podemos então afirmar, que o papel do Design Industrial pode ser assim sintetizado como a actividade que liga o tecnicamente possível com o culturalmente aceitável, manipulando para o efeito os materiais que tem ao seu dispor, criando produtos inovadores e com qualidade, detentores de personalidade e tecnicamente funcionais, interrelacionando as necessidades com a análise de ciclo de vida de um produto. Hoje, sabe-se que os valores do design de produto se posicionam de um modo proxémico entre a identidade das coisas e o tempo em que estes se inserem, no âmbito dos sistemas socio-económicos vigentes.

  •   UBI

Data da última atualização: 2010-04-26
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