O trabalho incide numa problemática atual que se prende com os vários tipos de radiações, algumas percetíveis pelos nossos sentidos e outras que nos passam completamente despercebidas. A intenção é que o projeto sirva para que “os alunos se familiarizem com a ciência e se preocuparem em compreender os fenómenos naturais, baseando-se no método científico de investigação e validando as teorias através da comprovação experimental”, explica Sandra Soares, docente do Departamento de Física e coordenadora do LabExpoRad, que irá acolher as fases de desenvolvimento do projeto a desenvolver por um grupo de cinco alunos do10ª ano da turma A da Escola Secundária de Campos Melo e apoiado pelos restantes elementos da turma.
Nas atividades experimentais serão mobilizados conhecimentos das disciplinas de Biologia e Geologia, Físico-Química e Matemática.
O programa “Ciência na Escola”, que tem como principal objetivo estimular o interesse pela ciência, celebra este ano (2015/2016) a 13ª Edição e o tema é “A Ciência e a Tecnologia ao serviço de um mundo melhor”.
Sobre o projeto
O facto de estarmos, diariamente, expostos a diferentes formas de radiação natural é uma realidade que nos impele a querer saber mais sobre os efeitos dessa radiação nos seres vivos.
As dáfnias, organismos zooplantónicos filtradores que possuem respostas biológicas fundamentais muito semelhantes às humanas e fáceis de observar, são utilizadas em bioensaios para avaliação ecotoxicológica de agentes químicos, de efluentes urbanos e industriais e de ecossistemas de água doce. Neste projeto pretende-se observar e avaliar, nestes organismos, os efeitos produzidos por agentes físicos, como é o caso das radiações ionizantes, eventualmente presentes na água.
Sendo a Clorella vulgaris um dos alimentos da Daphnia magna, será feita a monitorização do crescimento destes dois tipos de seres vivos planctónicos em águas com diferentes concentrações de radiações ionizantes.
Com este trabalho será possível avaliar os efeitos positivos e negativos que as radiações ionizantes poderão produzir nos seres vivos.
Sobre Fundação Ilídio Pinho