Objectivos de Aprendizagem |
1) Saber situar Omar Khayyam e Ibn Rushd em termos históricos e geográficos; 2) Ser capaz de relacionar as posições dos dois textos / autores do programa relativamente a questões filosóficas concretas: existência de Deus; problema do mal; o sentido da existência; se podemos ou não ser felizes; a natureza da alma; se o mundo é eterno ou não, etc. 3) Ser capaz de ler e explicar com propriedade, perante colegas, passagens das suas obras principais do programa; 4) Saber explicar, oralmente ou por escrito, a contraposição simbólica patente no tema do programa (Oriente / Ocidente; “imaginação” / “razão”; “vinho” / “chá”). -- 1) Ser capaz de produzir juízos fundamentados relativamente a processos histórico-culturais complexos como, v.g., a relação entre a razão e imaginação, entre ‘mística orientalizante” e ‘racionalidade ocidental’; 2) Ser capaz de identificar e de pesquisar autonomamente, em biblioteca e na internet, bibliografia específica sobre o pensamento dos autores;
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Conteúdos programáticos |
Do “vinho poético do Mashreq” ao “chá racional do Magreb”
1. Introdução e explicação da contraposição ‘Oriente’ e ‘Ocidente’. Apresentação geral dos dois autores: Omar Khayyam – matemático, astrónomo, filósofo, poeta persa. Os Rubaiyat símbolo da embriaguez intelectual. E Ibn Rushd – qa?i, médico e filósofo andaluz: expressão da razão filosófica e jurídica.
2. Acerca das possíveis relações entre “vinho e filosofia”: o vinho intoxicante; o vinho místico; o vinho da sabedoria. A contraposição o “chá” e do “café” da Razão.
3. Os principais filosofemas dos Rubaiyat: o Tempo, “a impermanência dos seres e a procura do sentido da vida”; Carpe diem...
4. Os temas principais do Kitab Fa?l al-Maqal: o Alcorão e a Shari?a proíbem ou exigem a reflexão filosófica? O que é a Filosofia? (...)
5. Conclusão. A filosofia islâmica (e não só) confrontada com a “arte de viver no presente” e/ou a necessidade de ter em conta “o futuro, a eternidade e os fins últimos do homem”.
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Metodologias de Ensino e Critérios de Avaliação |
vincular-se-á à leitura diálogo, debate e discussão com os alunos. A leitura rotativa (pelos textos / participantes), que também é um elemento a) de avaliação contínua (40%), será designada antes de cada sessão, alternando-se entre as Rubaiyat e §§ do Discurso Decisivo, seguindo-se explicação e comentário crítico. Haverá que elaborar também b) um pequeno trabalho de investigação pessoal sobre um tema (10 pp, 40%), a defender oralmente. N0 final, em data a combinar, cada aluno deve proceder c) à recitação solene, de cor, de dois ou três Rubaiyat, num “simpósio” final extramuros (20%). Neste tipo de metodologia, a presencialidade efetiva dos alunos é essencial. A assiduidade mínima: = 75%. Também serão consideradas transversalmente a participação, o interesse evidenciado, a qualidade da oralidade, a diligência, a autonomia demonstrada. A nota mínima para ir a exame é de 6 valores.
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Bibliografia principal |
KHAYYAM Omar, Rubaiyat. Odes ao vinho, Moraes Editores, Lisboa, 1981 IBN RUSH, O Livro do Discurso Decisivo, INCM, Lisboa, 2006 - AMINRAZAVI Mehdi, The Wine of Wisdom. The Life, Poetry and Philosophy of Omar Khayyam, Oneworld Publications, Oxford, 2025 HAMADANI ?osayn Ma??umi, et alii, “Khayyam, Omar”, In: Encyclopaedia Iranica Online, Brill, Leiden, 2020 KHAYYAM Omar, Edward FitzGerald’s Rubaiyat of Omar Khayyam, H.W. Bell, London, 1901 MOUSAVIAN, Seyed N., et alii, “Umar Khayyam”, In: Stanford Encyclopedia of Philosophy, Eds. Edward N. Zalta and Uri Nodelman, Stanford, Stanford University, 2024 PESSOA Fernando, Poemas de Fernando Pessoa. Rubaiyat, INCM, Lisboa, 2008 ROSA José Maria Silva, “O ‘Conflito das interpretações’ no Discurso Decisivo de Averróis”, In: Diafanias do Mundo, UCE, Lisboa, 2012, pp. 301-314 ZALTA Edward N., Uri NODELMAN, Colin ALLEN, R. Lanier ANDERSON, “Ibn Rushd [Averroes]”, In: Stanford Encyclopedia of Philosophy, Stanford University, Stanford, 2021
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