O Museu de Lanifícios – Real Fábrica Veiga tem patentes obras da esculturas e fotografias, de Beata Kotecka, da Universidade A. Mickiewicz (Polónia). A inauguração decorre no dia 1 de abril (sexta-feira), às 16h00.
Horário
De terça a domingo, das 10h00 - 13h00 e das 14h30 - 18h00.
Localização
Núcleo da Real Fábrica Veiga / Centro de Interpretação dos Lanifícios
Calçada do Bibribau, s/n
6200-001 Covilhã – Portugal
Resumo
"A escultura Orgânica-surrealista é o meu âmbito criativo e, como escultora, a minha inspiração é a natureza orgânica viva. O meu principal objetivo é criar esculturas sem fazer delas uma cópia da natureza, quero tratá-las como uma unidade de igual valor, como todos os outros organismos. As formas não lineares e a fragmentação da superfície são as características elementares do meu método criativo.
Uso a desconstrução, que deve ser entendida não como aniquilação ou caos, mas como reagrupamento criativo de componentes escolhidos, tratando a omissão fragmentária da superfície e a exposição interna da construção em si. Para mim, é formalmente atraente e surrealmente rica a união do espaço externo com o interior de uma escultura
Esta exposição desconstroi e influencia a escala e a hierarquia de choques de claro-escuro, que altera o contorno de uma escultura na sua rotação em torno do eixo, fazendo com que as obras percam o seu caráter comum e “bonito”. As "conchas" das minhas esculturas não têm equivalente no mundo real. No seu interior têm uma estrutura geometricamente lógica que suporta a carga com seções e nervuras. Quero que elas tenham ordem matemática, como por exemplo proporção áurea.
Os meus trabalhos são criados principalmente em plástico e outros materiais artificiais. Utilizo resinas epóxi combinadas com fibra de vidro e cargas. Também uso cerâmica. Às vezes, experimento combinar as duas técnicas.
"Jamik I", "Jamik II", "Através do vento", "Contra o vento", "Instrumental I", "Instrumental II", "Em crise", "Após a crise", "Linha reta", "Harmonia incompleta", "Erato”... estes são os títulos dos meus trabalhos. São nomes como os que damos às crianças. À medida que a criança cresce, o nome distingue-a de outras. Cada espetador pode dar o nome às esculturas à sua maneira. Por isso, peço que escreva o seu nome nas minhas esculturas ao lado do nome dado por mim. Talvez assim eu possa ver minhas esculturas através dos seus olhos.
Beata Kotecka (Covilhã, Portugal, 1 de abril de 2022)
