O projeto de investigação explorou o envolvimento no controlo do tabagismo dos profissionais de saúde portugueses e, em particular, dos médicos, e a associação deste envolvimento com a mudança da norma social em relação ao tabaco.
O comportamento de fumar dos médicos não difere significativamente daquele da população geral. Os profissionais de saúde e os médicos portugueses não se comportam como modelos, quer por fumarem menos, quer por estarem mais motivados para cessar de fumar, quer por cessarem de fumar mais cedo do que a população geral. Da mesma forma, os profissionais de saúde e os médicos portugueses não atuam como líderes de saúde pública no controlo de tabagismo, pois não relatam atitudes mais positivas, nem uma maior concordância com as políticas abrangentes de proteção ao fumo ambiental de tabaco do que a população geral, nem participam regularmente em atividades de controlo de tabagismo.
Por último, o escasso envolvimento dos profissionais de saúde e dos médicos portugueses está associado a uma mudança limitada da norma social em relação ao tabaco. Assim sendo, prevenir o consumo de tabaco nas faculdades de medicina e promover a cessação tabágica entre os médicos e os profissionais de saúde, além de disseminar a educação médica e continuada em controlo de tabagismo devem ser uma prioridade.