"Ataúde" é um solo de dança-teatro que se concentra na ideia da morte. Uma visão simbólica da morte como rutura, como mudança, num processo de abandono e reconquista de si mesmo, em que o espaço interno se dilata, se contorce, se expande - findando coisas, extinguindo-as, abrindo espaço para que outras tomem o seu lugar. Reflete sobre a matança que exercemos sobre nós mesmos, vezes sem conta, num exercício mais de vida que de morte, num processo inesgotável de desaparecimento e revitalização - o invocar constante das forças vitais em cada novo acordar, as mudanças da incontornável passagem do tempo.
Este trabalho questiona-se sobre a criação de mitos pessoais e universais, da sua rutura, na criação dum ritual inventado, um funeral a si próprio.
Conceito e interpretação: Inês Oliveira Adereços: Mafalda Saloio | Sonoplastia: Felix Lozano, Inês Oliveira e Pedro Fonseca |
Desenho de luz: Pedro Fonseca e Anatol
Organização: QUARTA PAREDE