Raquel Loio, estudante de Doutoramento da Universidade da Beira Interior (UBI), apresenta no Auditório da Biblioteca Central o livro “Sempiterno”, no dia 13 de janeiro (segunda-feira).
O docente da UBI e Diretor da Biblioteca, António Bento, e o Presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI, José Rosa, participam na sessão que tem início às 15h00.
Raquel Loio é licenciada em Enfermagem e tem um Mestrado em Antropologia Médica.
Atualmente desenvolve um projeto de investigação intitulado “Sonho e Tempo: Aproximações à relação entre atenção vigilante e sonho lúcido na fenomenologia do sonho de Zambrano”.
Sinopse
O livro “Sempiterno”, de Raquel Loio, está associado à ideia de uma iniciação que visa a compreensão integral da própria existência. E, dada a complexidade desta questão, em vez de ser oferecida uma solução, é apresentada uma reação da consciência, que se atém à questão sobre quem é, no seu todo.
Assim, são considerados os momentos da vigília, isto é, do estado acordado, com atenção de nível elevado ou de nível baixo, e os sonhos, mais ou menos vívidos, durante o sono. Logo, esta história assume tanto um caráter reflexivo, por vezes crítico, como um caráter simbólico, fantasioso e, por vezes, delirante.
A consciência retratada, sem negar a sua confusão e mistério, encontra-se em estado de crise, talvez a comummente chamada crise existencial. No entanto, a partir deste estado, pode encontrar tranquilidade. Pois, naqueles momentos em que o pensamento compreende ser, ele próprio, o limite para abordar algo que o transcende, silencia-se de uma forma natural. E, ao ser mantida a atenção com um verdadeiro silêncio interior, e toda a vivacidade da mente, é como se se alcançasse um novo estado capaz de maravilhamento com o mundo, capaz de compreender o novo, um estado criativo. Neste caso, seria realizada uma iniciação e alcançada, em simultâneo, a finalidade da compreensão.
Neste sentido, o livro recorre a uma narrativa dinâmica, numa perspetiva de primeira pessoa, com referência a vários símbolos, intuitivamente compreendidos, visto que fazem parte da humanidade.