O estudo dos crimes de abuso sexual de crianças tem sido realizado através das mais diversas abordagens. De uma forma geral, existem duas perspetivas: a primeira, com enfoque na dinâmica psicológica, na qual se enquadram as abordagens de natureza analítica, permitindo uma psicoterapia de base psicoanalítica, narrativa, cognitivo conductal, etc.; e a outra, centrada nos mecanismos neuropsicológicos onde se enquadram as interpretações de natureza anatómica funcional, que apontam para a existência de uma perturbação neurofisiológica, principalmente nos lobos frontais, o que configura uma nova perspetiva para a explicação deste tipo de crimes, conduzindo a investigação para o campo das neurociências. É precisamente aqui que este trabalho ganha relevância, uma vez que o seu objeto é entender, do ponto de vista da Neuropsicologia, a experiência do abuso sexual infantil na perspectiva do abusador, tentando descodificar as relações entre o cérebro e os processos cognitivos, emocionais e comportamentais.
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Fonte: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas