A investigadora propõe uma nova terapia para doentes de AVC (acidente vascular cerebral), mais segura e com menos efeitos secundários, utilizando pequenas partículas para reforçar os vasos do cérebro e reparar os neurónios afetados, trabalho anteriormente distinguido com um prémio para jovens cientistas.
“Com este novo passo da investigação in vivo queremos confirmar o potencial terapêutico da nossa formulação, que consiste em partículas que contêm ácido retinóico capsulado e que têm demonstrado grande eficácia na proteção de danos induzidos aos vasos sanguíneos”, explica a investigadora.
Para Raquel Ferreira esta bolsa vem viabilizar um dos mais importantes passos na viabilização da nova terapia. A investigadora salienta que “se conseguir observar uma recuperação funcional no animal está dado o primeiro passo para a implementação de uma terapia no doente”.
Em colaboração permanente com o Serviço de AVC do Centro Hospitalar da Cova da Beira, Raquel Ferreira salienta a disponibilidade do hospital que tem sido decisiva no sucesso do seu trabalho enquanto investigadora.
Raquel Ferreira venceu anteriormente o prémio L’Oreal, pelo seu trabalho na área dos AVCs, destinado às mulheres na ciência que pretende reconhecer e incentivar o trabalho das mais promissoras jovens cientistas que desenvolvam a sua pesquisa em instituições portuguesas com projetos originais no âmbito das ciências da saúde e do ambiente.