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Projeto coordenado pela UBI prevê aproveitamento dos resíduos da Panasqueira

  • NOTÍCIA
  •   14 de junho de 2016  

O projeto REMINE, de um consórcio internacional liderado pela UBI, estuda o aproveitamento de resíduos das minas na construção civil, entre outras aplicações.

Ficheiro com o nome: remine

 

Um consórcio internacional liderado pela Universidade da Beira Interior (UBI) está a desenvolver um painel para revestimento de fachadas de edifícios produzido com recurso a diferentes tipos de resíduos industriais de minas e outras. O protótipo que tem entre as suas vantagens a eficiência energética está a ser trabalhado pelos elementos do projeto “REMINE - Reutilização de resíduos de minas em materiais geopoliméricos inovadores, pré-fabricação, misturas prontas e aplicações in situ”.

É apenas um dos projetos se apresentam bastante promissores no que toca a terem aplicações práticas. Dos trabalhos deverão resultar patentes que estão a despertar interesse nos parceiros industriais. Um deles estuda pavimentos rodoviários, com a possibilidade de produção de agregados artificiais para os mesmos.

Além das novas soluções na área da Engenharia Civil, entre outras, o REMINE destina-se a promover a valorização ambiental, com atenção voltada para as Minas da Panasqueira, no concelho da Covilhã. “O REMINE tem como objeto de estudo os resíduos das Minas da Panasqueira e de outras minas nacionais e em outros países. As tecnologias utilizadas e desenvolvidas no âmbito do projeto, baseiam-se na composição dos resíduos da Panasqueira, por um lado, mas, por outro lado, permitirão reutilizar com segurança ambiental esses mesmos resíduos que estão contaminados com arsénio e metais pesados”, como explica João Paulo Castro Gomes, o docente do Departamento de Engenharia e Arquitetura (DECA) que coordena o REMINE.

O projeto está enquadrado na área do ambiente, no âmbito do financiamento H2020 da União Europeia, precisamente porque tem “soluções para encapsular o arsénio e outros metais pesados presentes nos resíduos, impedindo a sua lixiviação para o ambiente, para além da sua valorização”, acrescenta.  “Como tal, perspetiva-se que os agora depósitos das escombreiras das Minas da Panasqueira passem a ser vistos como uma matéria-prima de grande interesse, nomeadamente para a produção de ligantes de ativação-alcalina/geopolímeros”, refere ainda.

No final da última semana, mais de duas dezenas de elementos do consórcio estiveram reunidos na UBI, tendo visitado não só a zona de extração mineira da Panasqueira, como a fábrica da Sofalca, de Abrantes, e a UBI, cujas instalações receberam rasgados elogios. O docente da Faculdade de Engenharia faz um balanço positivo dos trabalhos, numa altura em que se assinala o primeiro ano de funcionamento do REMINE. “Até ao momento consideramos que o trabalho desenvolvido tem sido muito bom, tendo em conta as tarefas realizadas e algumas metas já atingidas pelos diferentes investigadores envolvidos no projeto”, refere.

No próximo ano, estão previstas estadias de vários jovens investigadores dos parceiros envolvidos nas empresas, por forma “a incorporar conhecimento da indústria nos objetivos do projeto e o contrário também”, conclui.

 

O projeto

O REMINE está sedeado no -MADE - Centre of Materials and Building Technologies, da UBI, foi aprovado por quatro anos e tem um financiamento de 565 mil euros, no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação - Ações Marie-Sklodowska Curie – Programa de Bolsas de Investigação – Intercâmbio de Staff para a Investigação & Inovação (RISE -Research and Innovation Staff Exchange).

A rede internacional inclui a UBI, a associação de desenvolvimento com sede na Covilhã Beira Serra, a Universidade de Brunel (Reino Unido), Universidade de Strathclyde (Escócia), Universidade de Tecnologia da Silésia (Politechnika Slaska) (Polónia), Universidade de Bolonha (Itália), Universidade de Granada (Espanha), Universidade de Construção e Arquitetura (Ucrânia), Universidade do Arizona (EUA), Alsitek Lda. (Reino Unido), Sofalca Lda. (Portugal) e ALFRAN SA (Espanha).

Data da última atualização: 2016-06-14
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