A terceira Academia Júnior de Ciências (ACJ), através da qual a Universidade da Beira Interior (UBI) abre às portas a alguns dos melhores alunos do Ensino Secundário da região, finalizou na sexta-feira, dia 31. Após as 25 sessões que constituíram o programa da iniciativa, promotores e participantes fizeram um balanço que resultou em elogios à edição que foi a mais participada de sempre. Estiveram no projeto 28 estudantes do 12.º ano de escolaridade.
Com a experiência acumulada dos dois últimos anos, a estrutura e organização da ACJ foi melhorada, permitindo o aumento do número de alunos de mérito, provenientes de cinco escolas secundárias dos concelhos da Covilhã, Fundão e Gouveia. Desta vez, foram criados projetos diferenciados nas áreas da Física, Química e Matemática, para que os estudantes pudessem optar pelas matérias do seu interesse. “Ao propormos estas alternativas de trabalho, conseguimos ter os alunos mais mobilizados e em maior número”, refere Manuel Saraiva, docente da UBI responsável pela Academia Júnior de Ciências, que considera a terceira ACJ a melhor até agora.
A possibilidade de optar por diferentes áreas facilitou a obtenção de uma meta fundamental da iniciativa: contribuir para que estes estudantes de mérito obtenham um conhecimento mais aprofundado das diferentes ciências e que isso os ajude a definir qual o rumo a escolher no Ensino Superior, já no próximo ano. Além deste, a ACJ tem ainda como objetivos incentivar o gosto pelas ciências e a atividade científica, permitir a aquisição de novos conhecimentos – alguns deles que vão ser trabalhados no futuro em contexto universitário –, permitir mudanças de rotina de aprendizagem e introduzir o trabalho dentro dos laboratórios, ao mesmo tempo que mostra como é o ambiente universitário, em especial a UBI.
A ACJ pretende ainda afirmar o compromisso da UBI para com a região, contribuindo para melhorar a formação dos jovens e a ligação às entidades dos distritos de Castelo Branco e Guarda. Para realizar a Academia, mantém parcerias com as escolas envolvidas (Agrupamento de Escolas do Fundão, Agrupamento de Escolas de Gouveia e as escolas secundárias da Covilhã: Campos Melo, Frei Heitor Pinto e Quinta das Palmeiras) e as autarquias dos três municípios onde estão sediadas.
A importância deste projeto iniciado no ano letivo de 2014/2015 foi visível na sessão de encerramento, onde esteve António Fidalgo, reitor da UBI, e o vice-reitor João Canavilhas, elementos das autarquias e responsáveis dos estabelecimentos de ensino. A ideia e o trabalho efetuado mereceram elogios de todos os participantes. A reunião terminou com a entrega dos certificados aos academistas.
A ACJ começou em setembro e terminou no último dia de março. Decorreu nas tardes de sexta-feira, incluindo a participação nos projetos propostos (um deles foi a participação no Concurso Pontes de Esparguete, iniciativa do Departamento de Eletromecânica), a presença em três conferências, cinco sessões pontuais e uma visita de estudo ao Data Center. No último dia, à noite, houve ainda uma Observação Astronómica, no terraço do Departamento de Física. Nas atividades da Academia Júnior de Ciências estiveram envolvidos 26 docentes da UBI, em especial da Faculdade de Ciências.