Quatro artistas plásticos que são simultaneamente docentes universitários contribuem para a exposição temporária “Pretexto, Prospecção e Processo”, que vai centrar atenções no Museu de Lanifícios, nos próximos meses. A mostra abre ao público na quinta-feira, dia 6 de julho, para exibir até meados de outubro os trabalhos de três elementos da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (Artur Ramos, Ilídio Salteiro e João Queiroz) e da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior (Luís Herberto).
Para além do pensamento reflexivo e práticas individuais do Desenho e da Pintura, nestes autores, que se dedicam à docência e à investigação na vertente das Artes Visuais, estão presentes conceitos que o próprio título afirma, reconstituindo uma ação que se legitima sobre si própria, reconstruindo toda a sistematização das práticas na Pintura.
A exposição patente no Núcleo da Real Fábrica Veiga permite ao público da Covilhã e da região observar o trabalho de autores que além do conhecimento científico acerca das técnicas e da história da arte, têm visto reconhecido o seu talento artístico através da participação em inúmeras exposições, além de terem obras incluídas em coleções nacionais e internacionais.
Artur Ramos é licenciado em Pintura, mestre em Estética e Filosofia da Arte e tem um doutoramento em Desenho. Faz investigação em torno do retrato e do auto-retrato e, em paralelo, desenvolve um importante trabalho de Desenho no âmbito da investigação Arqueológica, nomeadamente na recriação de paisagens. É co-autor dos atuais programas das disciplinas de Desenho do Ensino Secundário.
Ilídio Salteiro licenciou-se em Artes Plásticas-Pintura e, mais tarde, alcançou os graus de Mestre em História da Arte e de Doutor em Belas Artes/Pintura. Expõe regularmente desde 1979 e está representado na coleção da Culturgest, assim como em muitas outras coleções públicas e privadas.
João Queiroz é formado em Filosofia e lecionou Teoria de Arte, Desenho e Pintura no Ar.Co., em Lisboa. Em 2000, foi premiado na 1.ª Edição do Prémio EDP, na disciplina de Desenho, participou em numerosas exposições individuais e coletivas e a sua obra integra algumas das mais importantes coleções de arte contemporânea (Gulbenkian, FLAD e EDP, entre outras).
Luís Herberto é atualmente professor de Desenho na Faculdade de Artes e Letras da UBI. Licenciado em Artes Plásticas/Pintura, obteve o grau de Doutor com a tese “Imagens Interditas? Limites e Rupturas em Representações Explícitas do Sexo no pós-25 de Abril”. Desde 1994 tem participado, por todo o país, em muitas exposições coletivas e individuais de Desenho, Pintura e Escultura. Está representado no Museu Regional da Guarda, Museu de Setúbal, Fundação Dom Luís/ Cascais e diversas coleções particulares em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda.
A inauguração de “Pretexto, Prospecção e Processo” está marcada para as 17h30. Pode ser vista até 15 de outubro, de terça-feira a domingo, entre as 9h30 e as 12h00 e, de tarde, 14h30 às 18h00. Tem entrada livre.
A sessão de encerramento, prevista para 12 de outubro, incluirá um Colóquio com o mesmo tema, que contará com a presença dos quatro artistas plásticos.
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Exposição “Pretexto, Prospecção e Processo”
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