A apresentação e subsequente debate focalizar-se-ão sobre o concelho do Fundão, que tem vindo a assumir a patrimonialização como uma coordenada fundamental para a sua afirmação identitária no quadro da emergência de uma estratégia de desenvolvimento económico e de sustentabilidade emocional cultural.
Numa matriz de um quotidiano pautado por uma ruralidade viva polarizada por um pequeno centro urbano que concentra e gere algumas funções, esta ativação patrimonial tem despoletado a necessidade em se questionar o real impacto dos processos e a sua eficácia em termos económicos, em desígnios culturais e verdadeiras apropriações sociais. O património é sempre uma negociação e uma cedência nas relações materiais e imateriais entre os tempos e os homens.
Apresentam-se dois casos: A Moagem, na cidade do Fundão, e a Casa do Barro, situada no Telhado, freguesia do alfoz rural do concelho.
Moderação:
António dos Santos Pereira
Professor Catedrático da Universidade da Beira Interior e Diretor do Museu de Lanifícios da UBI
Oradores:
Pedro Novo
Arquiteto, autor do projeto expositivo de A Moagem (Fundão) e da Casa do Barro (Telhado, Fundão)
Pedro Miguel Salvado
Mestre em Cultura e Antropologia. Instituto de Estudios Antropologicos de Castilla y Léon. USAL | Câmara Municipal do Fundão
Como é habitual, esta sessão de Tarde de Quinta no Museu tem lugar no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral.