Perto de 200 estudantes a frequentar o Ensino Superior em academias portuguesas participaram no Fórum de Estudantes Angolanos, que desta vez decorreu na Universidade da Beira Interior (UBI), no sábado, dia 14 de maio. O momento foi de confraternização, combinado com momentos culturais e contacto com responsáveis da Embaixada Angolana em Lisboa e da própria UBI.
A instituição de Ensino Superior covilhanense olha atentamente para as necessidades de formação da população dos países lusófonos e Angola é uma das prioridades. “Os angolanos são sempre bem acolhidos. É uma disposição da academia, de toda a equipa reitoral, de todos os funcionários desta casa e de todos os vossos colegas. Gostamos de os ter cá e queremos que sejam muitos mais. Sejam bem-vindos e contem sempre com a UBI nas vossas iniciativas”, disse o reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo, durante a sessão de abertura.
António Fidalgo dirigia-se aos estudantes do país africano no mesmo dia em que regressou de uma visita feita precisamente a Angola, que aconteceu na última semana. A comitiva da UBI reuniu com o ministro do Ensino Superior de Angola, Adão do Nascimento, com o secretário de Estado da Educação, Narciso Benedito e o General Jaime Vilinga, diretor-geral do Instituto Superior Técnico Militar (ISTM), instituição parceira da UBI.
Encontros que reforçaram as relações da UBI com instituições angolanas, agora que está a terminar o ano letivo que trouxe para a Covilhã os primeiros estudantes através de bolsas concedidas pelo Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), além de um outro acordo que estabelece a formação de elementos do ISTM através da Universidade da Beira Interior.
Para a UBI, estes acordos permitem alcançar o objetivo de fazer crescer a sua comunidade de estudantes internacionais – que tem aumentado ano após ano – e dar resposta às necessidades de formação do país africano, nas áreas das Ciências e Engenharias.
No Fórum de Jovens Angolanos, a responsável do Sector de Estudantes da Embaixada de Angola, Ana Paula Elias, considerou precisamente que o protocolo que a UBI tem com o INAGBE “dará frutos que poderão servir para o desenvolvimento do país” e lembrou que a política do executivo do país africano é formar no exterior nas áreas técnicas, onde a capacidade de resposta das escolas angolanas é menor. A UBI, segundo Ana Paula Elias, é o local ideal para este tipo de formação, por ser “uma instituição com um potencial muito forte na área das engenharias, com alguns dos melhores laboratórios”.
Em simultâneo, a UBI mostrou-se a estudantes angolanos, em Angola e dentro das suas portas, uma instituição que o embaixador considera com “condições e predicados para ensinar conhecimentos técnicos e tecnológicos de qualidade, bem como competências sociais”. Uma universidade que o embaixador José Marcos Barrica lembrou ter um ambiente académico que com as vantagens de “não estar numa cidade onde as relações são impessoais” e que “permite uma maior partilha entre os alunos, dentro e fora do espaço pedagógico”.