A Universidade da Beira Interior associa-se à homenagem que a Câmara da Covilhã vai fazer a António Plácido da Costa, no ano em que passam 100 anos da morte deste médico, oftalmologista, professor universitário e inventor. A efeméride é assinalada com uma palestra, uma exposição biográfica e o descerramento de uma placa evocativa.
A partir das 16h00 terá lugar a palestra, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, proferida por Amélia Assunção Ricon Ferraz, diretora do Museu de História da Medicina “Maximiniano Lemos", e por Pedro Monteiro, diretor do curso de mestrado em Optometria e Ciências da Visão, da Faculdade de Ciências da Saúde. Segue-se a Inauguração da Exposição biográfica, que conta com peças do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos, cedidas pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, onde o homenageado foi professor a maior parte da sua carreira. No mesmo dia a antiga loja “Sofal”, na Rua Ruy Faleiro, recebe o rastreio à visão.
António Plácido da Costa nasceu na Covilhã, a 1 de setembro de 1848. O pai era tecelão tendo sido contratado em 1863 por uma empresa de lanifícios da zona norte.
No Porto, em 1874, inscreveu-se na Escola Médico-Cirúrgica, onde concluiu o curso de Medicina, quatro anos depois. A dissertação que apresentou, intitulada “Apontamentos de micrologia médica”, recebeu aprovação com louvor.
Foi trabalhar para Lisboa, exercendo a função de médico-oculista, período no qual escreveu artigos científicos e inventou quatro dispositivos. O mais famoso ainda hoje é conhecido por querotoscópio de Plácido.
Na docência, regeu um curso de Histologia, e lecionou as cadeiras de Histologia e Fisiologia. Geriu o Laboratório de Fisiologia, construiu o primeiro telescópio pensado e realizado em Portugal e o eletromagnete oftalmoterápico, entre muitos outros instrumentos.
Morreu no Porto em 1916.
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Cartaz
Atualizada: 2 junho 2016