“Sobre Suspeita e Culturas de Desconfiança” é o título das conferências que vão juntar na Faculdade de Artes e Letras especialistas de várias áreas, ao longo de dois dias. O colóquio vai propor diversos enfoques para abordar o tema: o das ciências da política, da ética, da estética, da semiótica, da psicoterapia, da antropologia forense, da investigação policial ou das ciências da arte e da cultura. Além de académicos de várias áreas e universidades, como Miguel Real, Eugénia Cunha ou Tito Cardoso e Cunha, marcam presença o escritor e ensaísta Francisco Moita Flores e o Comandante Distrital da GNR de Castelo Branco, José Carlos Gonçalves.
São várias as questões que se pretendem refletir: independentemente da heterogeneidade de práticas de suspeição, é possível pensar numa «teoria geral da suspeita»? Qual o parentesco entre suspeita e desconfiança? E a relação entre suspeita, vigilância e punição? Do ponto visto psicoterapêutico será possível estabelecer alguma relação entre suspeita e paranoia? Existe alguma ética e estética da suspeita? Qual a relação entre suspeita e teoria da conspiração? E o seu contributo em géneros cinematográficos como é o caso da novela/filme de mistério e o romance/filme policial?
A organização é do Labcom.IFP – Comunicação Filosofia e Artes, unidade de investigação da Universidade da Beira Interior, e decorre no Anfiteatro da Parada, até 10 de maio.
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