O curso é considerado precursor na medida em que disponibiliza a opção de três perfis de investigação: a Bioengenharia Clínica, Informática Biomédica ou Instrumentação, Automação e Controlo. Aliás, “este plano curricular surge com um conjunto de novidades em relação aos que já existem no resto do país, um dos grandes motivos para a acreditação plena do curso”, conforme sublinha a directora do novo mestrado, Isabel Gouveia.
Com estes perfis, a UBI procurou diferenciar-se. “Somos pioneiros na vertente clínica, com competências acrescidas na instrumentação”, diz ainda a directora do curso de segundo ciclo de Bioengenharia.
Melhoria na investigação em Bioengenharia
Este novo mestrado representa, também, uma melhoria significativa do trabalho de investigação da UBI em bioengenharia. “Para termos investigação a funcionar, passa muito por ter alunos a trabalhar connosco. Um docente sozinho tem uma capacidade limitada para o fazer, porque o número de horas é reduzido”, explica o presidente do Departamento de Informática. Luís Alexandre entende que o mestrado é um primeiro passo para que dentro de alguns anos se venha a criar um terceiro ciclo. “Ter um doutoramento será o objectivo final”, conclui.
Já com alguns finalistas interessados em seguir para mestrado, a formação pretende também captar licenciados em outras instituições. Para isso é necessário ter o primeiro ciclo completo em Bioengenharia ou em cursos de áreas afins como Biotecnologia, Ciências Biomédicas e Engenharia Biomédica. No entanto, poderão ser admitidos outros licenciados, de acordo com a análise da comissão de curso.
Quanto a saídas profissionais, a directora do novo mestrado aponta as indústrias de processos químico-biológicos - farmacêutica, valorização de materiais naturais, ambiente e saúde -, Engenharia de tecidos, nomeadamente para medicina regenerativa, e dispositivos médicos. Ou ainda instrumentação biomédica e clínica, processamento e análise de sinais e imagens biomédicas, biónica, telemedicina e informática biomédica.