O trabalho realizado demonstrou ainda que a sobre-expressão desta proteína retarda fortemente a iniciação e a progressão de tumores da glândula mamária de rato. Estes animais não só apresentaram uma menor incidência de tumores comparativamente aos controlos com níveis não aumentados de RGN, como mostraram uma acentuada diminuição no número de tumores do tipo invasivo.
Os mecanismos de ação da RGN parecem estar dependentes do controlo de diversos processos celulares, nomeadamente o crescimento e morte celular. Para além disso, este estudo perspetiva a possibilidade de outros alvos moleculares poderem estar, também eles, subjacentes aos efeitos “protetores” da RGN na carcinogénese da mama, como a homeostasia do cálcio ou o metabolismo celular.
Ricardo Jorge Fernandes Marques é o autor do estudo que finalizou o Doutoramento em Biomedicina com a tese intitulada “Biological evidence of the protective role of regucalcin in breast cancer”, tendo sido orientada por Sílvia Socorro, em coorientação com Cecília Santos.
As provas decorreram no passado dia 26 de Fevereiro tendo sido arguentes o Fernando Carlos de Landér Schmitt (Professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) e Patrícia Alexandra Saraiva Madureira (Investigadora Principal da Universidade do Algarve).
Desta forma, este trabalho consigna a RGN como um interessante alvo para investigação futura e eventual utilização em estratégias de prevenção do cancro.