A Universidade da Beira Interior (UBI) avança no próximo ano letivo com a “Formação Avançada em Tele-Saúde”, uma das novidades da instituição ao nível da oferta de ensino pós-graduado. O curso dirige-se a profissionais interessados na implementação de serviços ou desenvolvimento de técnicas de tele-saúde e está já completamente estruturado, sob a direção do docente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), Miguel Castelo Branco.
“A pós-gradução está desenhada para dar competências a profissionais que tenham interesse em operar na área da tele-saúde, telemedicina ou aspetos conexos”, explica o diretor da “Formação Avançada em Tele-Saúde”, um curso partilhado pelas faculdades de Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanas e de Engenharia, da UBI.
Trata-se de uma formação abrangente quanto ao perfil de profissionais a que se destina: gestores, médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e tratamento, titulares de cursos de Ciências Biomédicas ou de Engenharia Biomédica, responsáveis de Sistemas de Informação e Engenheiros Informáticos. É igualmente ampla nas áreas científicas que abarca, ao ter a contribuição das três faculdades envolvidas. Há inclusivamente projetos de investigação na UBI a serem desenvolvidos no âmbito da tele-saúde e candidaturas feitas as fundos europeus do Portugal 2020 dentro desta área inovadora.
Realidades que servem para alavancar o curso que, de acordo com Miguel Castelo Branco, “vem dar resposta a uma lacuna que existe ao nível destas formações”.
A pós-graduação tem já uma parceria com a Universidade de Limoges (França), no âmbito da qual se prevê que estudantes daquela universidade façam intercâmbios na UBI. Outras ligações estão em perspetiva, depois da participação de Miguel Castelo Branco no Med-e-Tel, que decorreu no Luxemburgo entre os dias 6 e 8 de abril.
No fórum organizado pela Sociedade Internacional para a Telemedicina e Saúde, o diretor da pós-graduação e o também docente da FCS Mário Macedo apresentaram uma comunicação com as conclusões do workshop do Polo de Tele-Saúde realizado na UBI em janeiro e estabeleceram contactos para outros diálogos no âmbito da investigação e ensino com instituições da República Checa e Roménia.
“São parcerias a desenvolver em termos internacionais quer para o ensino e investigação, com instituições de saúde, relacionadas com cuidados continuados e saúde à distância”, explica Miguel Castelo Branco.
Sobre a tele-saúde
A tele-saúde é mais abrangente que a telemedicina, uma vez que abarca não só os cuidados médicos e práticas de bem-estar, aproveitando a evolução do campo da informática e a utilização emergente de dispositivos móveis como smartphones e suas aplicações.
A UBI está na linha da frente do desenvolvimento desta modalidade de apoio aos utentes e desde 2012 que dinamiza o Polo de Tele-Saúde da Cova da Beira, juntamente com o Centro Hospitalar da Cova da Beira, o Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira e autarquias locais.