Vão ser mais de 900 as crianças dos três aos sete anos de idade que vão passar pela edição de 2016 do Hospital do Faz de Conta, iniciativa que está a ser dinamizada na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior desde dia 13 e que encerra na terça-feira, dia 19.
São provenientes de cerca de 60 escolas dos concelhos da Covilhã, Fundão e Guarda e uma parte já passou pela atividade do MedUBI - Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior que abre as portas da instituição à comunidade envolvente.
No sábado, 16 de abril, há mais uma etapa dessa intenção, com a realização do Dia Aberto à comunidade, período em que os pais são convidados a levar os filhos a participar na iniciativa, entre as 9h00 e as 13h00 e, de tarde, entre as 14h00 e as 18h00.
As crianças fazem de conta que são os pais dos seus bonecos – que precisam de tratamento –, passando por espaços tradicionais de uma unidade de saúde, de que são exemplos a sala de espera, os consultórios, sala de imagiologia, sala de tratamentos, bloco operatório e farmácia, entre outros.
Com isto, o MedUBI espera contribuir para que as crianças percam o medo dos profissionais e dos cuidados de saúde, aprendam como funciona um hospital, percebam quais as funções do pessoal hospitalar e compreendam a importância da saúde.
“Promovemos, no âmbito do Hospital do Faz de Conta, a educação para a saúde através de dicas de alimentação saudável e exercício físico numa linguagem adaptada aos mais novos”, explica Carla Sousa, da Comissão Organizadora do Hospital do Faz de Conta.
A atividade inspira-se no projeto original da European Medical Students Association (EMSA), que tem vindo a ser desenvolvido pelas diferentes associações de estudantes de medicina do país.
É um dos maiores projetos do MedUBI e consiste numa atividade promovida por alunos de Medicina, com a colaboração de outros cursos. Envolve este ano cerca de 200 colaboradores das áreas de Medicina, Ciências Farmacêuticas e Ciências Biomédicas.
Para os estudantes esta é também uma oportunidade de complementarem a sua preparação para a profissão que os espera.
“Aprendemos muito na teoria, na FCS, como podemos lidar com as crianças, mas conseguimos melhorar imenso com o Hospital do Faz de Conta, também pela formação que fazemos previamente à iniciativa, com pediatras e pedopediatras que nos explicam a lidar com diferentes tipos de crianças, das mais tímidas às mais irrequietas”, salienta Carla Sousa.