“Covilhã a tecer o futuro” é o slogan do novo símbolo do município covilhanense, que foi apresentado no passado dia 20 de outubro, aquando das comemorações do dia da cidade. Para a criadora, Ana Gonçalo, “o símbolo significa construção, construção essa que é feita com a interajuda, a ligação, o cruzamento das várias valências da cidade “.
Ana Gonçalo acrescenta ainda que “a estrutura é a ilustração de um cruzamento de linhas que desenha uma estrutura básica da tecelagem. Se falhar um fio num tecido este está mais sujeito a rasgar, pois não está tão sólido. Se houver ligação entre o todo, cada parte será mais forte”.
Na memória descritiva do novo símbolo da Covilhã pode então ler-se que “o logótipo tem como premissa a importância da atividade têxtil na Covilhã".
O símbolo é composto por elemento gráfico e lettering. O elemento gráfico representa a mais básica estrutura de tecelagem, o tafetá. À sua representação gráfica foi-lhe conferido movimento, representando a evolução e o dinamismo inerente à cidade da Covilhã.
Para o lettering foi escolhida uma fonte não serifada, forte e com uma marcação muito vertical, representando as gentes deste município, que foram pilares fundamentais na construção e desenvolvimento desta terra, gentes rectas e sérias.”
Ana Gonçalo nasceu na região de Trás-os-Montes, na cidade de Bragança, em Maio de 1975. Aos três anos mudou-se para Braga com os pais, onde cresceu e estudou até ao 12º ano na área de artes, mudando-se depois para a cidade do Porto onde tirou Design Têxtil e Vestuário na então escola profissional CITEX (agora MODATEX). Em Fevereiro de 1998 mudou novamente de cidade, escolhendo a Covilhã para realizar o seu estágio na empresa A Penteadora S.A. Esta escolha recaiu nos lanifícios pois o trabalhar estruturas de tecidos era a sua motivação. Em Maio desse mesmo ano foi convidada a permanecer na empresa desempenhando as funções de designer têxtil, criando estruturas de tecido para homem e senhora.
Em 2000 matriculou-se no curso de Design Multimédia na Universidade da Beira Interior e saiu da empresa. Até à sua conclusão trabalhou para poder pagar os estudos. Trabalhou sempre na área do Design nas mais variadas vertentes (publicidade, decoração, design de comunicação, joalharia, artesanato, etc.), o que fez com que ganhasse alguma experiência e know-how. Neste momento trabalha como freelancer em design para algumas empresas da região, é formadora de design de moda na Aftebi e tem o projeto de artesanato urbano “Rosachicolate”.
Foi com muito orgulho que viu o seu trabalho ser escolhido para representar a cidade da Covilhã. “ Saber que se deixa uma “marca”, uma pegada nossa neste mundo, por mais pequena que seja e com todo o esforço que isso implica é muito gratificante”, refere.