A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver três projetos de caráter multidisciplinar, com elevado impacto na região. As iniciativas vão trabalhar na valorização de produtos endógenos, no impulsionar do desenvolvimento de cidades inteligentes e na promoção da saúde e da longevidade das populações. Em todos eles está presente a preocupação em integrar conceitos de sustentabilidade e a tecnologias no quotidiano, em benefício das comunidades.
Estes projetos designam-se VITAL - Valorização de recursos endógenos pela Inovação e Tecnologias digitais para a Sustentabilidade; T3SH-City: Rumo a Cidades Verdadeiramente Inteligentes, Seguras, Sustentáveis e Saudáveis; e ACTION - Acelerando a Inovação Terapêutica - para uma longevidade mais saudável, tendo captado, no conjunto, um financiamento global de 2.220.638 de euros, da parte do programa Centro 2030.
No total, estão envolvidas 15 unidades de investigação da UBI, promovendo um aproveitamento transversal do conhecimento existente nas cinco faculdades da academia. Desta forma, sai novamente reforçado o papel da UBI enquanto motor de inovação e desenvolvimento regional.
“VITAL” é coordenado por Abílio Silva (docente do Departamento de Engenharia Eletromecânica e coordenador científico do C-MAST - Center for Mechanical and Aerospace Science and Technologies). Propõe uma abordagem integrada para a valorização de produtos endógenos como frutas, vegetais, legumes e plantas aromáticas, promovendo as práticas sustentáveis e as tecnologias digitais inovadoras ao longo de toda a cadeia de valor desde a produção ao consumidor.
Captou um financiamento de 733.242,29 euros, para um custo total de 862.638 euros. Além do C-MAST, terá o contributo das Unidades de Investigação e Desenvolvimento (UI&Ds) IT, IA*, RISE-Health, Labcom, NECE, FibEnTech e NOVA-LINCS.
Quanto ao T3SH-City tem coordenação de Bruno Silva (docente do Departamento de Informática e coordenador científico do IT – Instituto de Telecomunicações-UBI) e propõe uma nova abordagem para comunidades inteligentes, focando-se na integração entre espaços urbanos e rurais. Através de IoT (Internet das Coisas), Inteligência Artificial e computação “edge”, visa criar ecossistemas autoconscientes e resilientes, promovendo sustentabilidade, mobilidade e segurança. Com ensaios piloto no Fundão, Covilhã e Belmonte, o projeto impulsionará a inovação territorial, gerando valor de mercado e melhorando a qualidade de vida na região Centro.
O trabalho será desenvolvido pelas UI&Ds GeoBioTec@UBI, C-MADE, NOVA-LINCS-UBI, NECE, CIAUD-UBI, RISE-Health, CIDESD, CMA, IDL, C-MAST, IA* e IT-UBI. A aprovação do projeto resulta num financiamento 722.425,82 euros, para um total de 849.912,75 euros.
Adriana Santos (Faculdade de Ciências da Saúde e RISE-Health) é a responsável pelo ACTION, projeto que ambiciona melhorar a saúde da população idosa, através do desenvolvimento de terapias inovadoras (novos fármacos e nanomedicamentos, com foco no cérebro e cancro), da investigação e implementação de um programa de treino para melhorar a função física e cognitiva, bem como da conceção de novos modelos para diagnóstico assistidos por IA, monitorização digital e sistemas de terapia virtual em saúde mental.
Integra conhecimento especializado das UI&Ds CIDESD, NECE, NOVA-LINCS, CIES-UBI e RISE-Health e vai ter um financiamento de 764.970,60 euros para um investimento total de 899.965,40 euros.
Estes projetos foram oficialmente apresentados à comunidade Ubiana e para o exterior na última segunda-feira, no Encontro UBI Ciência e Inovação, cujo programa se prolonga até amanhã.