“Combatting disinformation. Leading experts explain how it spreads, why it's dangerous, and how to fight it” (“Combate à desinformação. Os principais especialistas explicam como se espalha, por que é perigoso e como combatê-lo”) assim começa um artigo publicado esta segunda-feira, dia 18 de julho, na Taylor & Francis, prestigiada editora de publicações científicas sediada no Reino Unido.
“Para além da publicação de revistas, a editora tem um site informativo onde regularmente publica artigos temáticos, resultantes de entrevistas a especialistas. Este surgiu porque estou a editar, juntamente com os docentes João Carlos Correia (Universidade da Beira Interior) e Inês Amaral (Universidade de Coimbra), um especial numa das revistas da editora. Trata-se da revista Journalism Practice e a edição temática é sobre estudos de desinformação”, adianta Pedro Jerónimo, investigador do LabCom – Comunicação e Artes.
O também responsável do MediaTrust.Lab – Laboratório de Media Regionais para a Confiança e Literacia Cívicas, destaca ainda este projeto sobre desinformação ao nível local como motivação extra para o convite. “Apesar de ter iniciado há menos de um ano, a verdade é que tem suscitado muito interesse, não só em Portugal como noutros países. A participação em sessões de vários agrupamentos de escolas portuguesas na preparação de alunos para o Parlamento dos Jovens, iniciativa que este ano se debruçou sobre as ‘fake news’, ou ter sido jurado numa iniciativa de uma universidade dos EUA, que envolveu a NATO e elementos do exército norte-americanos, todos mobilizados em torno da problemática da desinformação, são exemplos do interesse que o MediaTrust.Lab tem suscitado”, refere.
Mas a atenção, aquém e além-fronteiras, não se fica por aqui. “Um dos temas que nos interessa e que está relacionado com a desinformação à escala mais local, tem a ver com os desertos de notícias, isto é, territórios que já não têm órgãos de comunicação social a reportar o seu quotidiano. No LabCom e no MediaTrust.Lab temos estudado esse fenómeno desde 2020 em Portugal e isso já suscitou interesse ao nível europeu. Para além de um relatório que estamos a finalizar, há outras iniciativas em curso, com potencial de reforçar o posicionamento de liderança da UBI sobre este tema”, conclui Pedro Jerónimo.