A Universidade da Beira Interior (UBI) assegurou financiamento nacional para 19 projetos de investigação, através dos quais vai contribuir para o avanço científico em áreas que vão desde a saúde à inteligência artificial, passando pela sustentabilidade energética, materiais inovadores e tecnologias de informação e comunicação, entre outras.
O apoio surge no âmbito do concurso de 2024 para Projetos de I&D em Todos os Domínios Científicos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e traduz-se na captação de um valor superior a 4 milhões de euros para os 19 projetos, cofinanciado por fundos europeus, nomeadamente pelo COMPETE2030 e pelos Programas Regionais do Norte, Lisboa, e Algarve, e por verbas da FCT, através do Orçamento do Estado. Para a concretização dos trabalhos, a UBI investe cerca de 372 mil euros em fundos próprios, demonstrando o empenho estratégico da instituição com o desenvolvimento da ciência e da inovação.
Do total de projetos aprovados, 13 são liderados pela UBI (que terão um financiamento a rondar os 2,8 milhões de euros) e em seis a nossa universidade participa como parceira (com apoio de 1,2 milhões de euros).
Entre os projetos coordenados por investigadores da UBI estão “CyberDCµGrids” (liderado por António Marques Cardoso, focado na cibersegurança e resiliência de microrredes de corrente contínua; “EPIDS” (Manuela Pereira), para explorar a codificação de imagem plenótica para armazenamento em DNA sintético; “Exercise4Brain” (Mário Marques) que vai analisar a relação entre treino de força e função cognitiva em indivíduos com défice cognitivo; “HOPE” (Carla Cruz) que visa reforçar a terapêutica no cancro do pulmão; “HY4Bone” (Ilídio Correia), que se destina a desenvolve hidrogéis com grafeno para regeneração óssea; “miRCapt” (Fani Sousa), para estudar a entrega direcionada de híbridos de pre-miRNA e nanotubos de carbono em terapias contra o cancro do pulmão; “OBIAJOR” (João Canavilhas), que cria um observatório de inteligência artificial no jornalismo; “PLASMUS” (Mohammadmahdi Abdollahzadehsangroudi), uma investigação sobre combustão sustentável de amoníaco enriquecido com plasma; “RESCUE” (Graça Baltazar) que procura melhorar estratégias baseadas em células estaminais para recuperação de lesões isquémicas; “SensHealRecApp” (João Nunes-Pereira), que aposta no desenvolvimento de materiais recicláveis com capacidades de auto-sensorização e auto-reparação; “SlowPD” (Ana Clara Cristóvão) que vai trabalhar no desenvolvimento de um medicamento inovador para travar a progressão da doença de Parkinson; “STAR Innovation” (Adriana Oliveira dos Santos) para investigar tecnologias simples para melhorar a absorção de fármacos desafiadores; e “SYNERGIZE-PD” (Liliana Bernardino), que vai desenvolver o estudo da interação entre Argonauta-2 e miRNAs para novas terapias na doença de Parkinson.
Nos projetos em parceria, a UBI participa com outras instituições nacionais em áreas tão diversas como a saúde, ambiente, têxtil e espaço: “DeepNDye” (com a Universidade do Minho), aposta em tinturaria têxtil sustentável com solventes eutécticos profundos, com a participação da investigadora da UBI Isabel Gouveia; “EBI-Guardian” (Instituto Politécnico da Guarda), para estudar biomarcadores imunológicos da cognição em idosos, com Ignacio Verde; “MultImagePCQ” (Instituto de Telecomunicações), foca-se em codificação e qualidade de imagens multivista, com Maria Sousa; “Red4Cardio” (IPG), para desenvolver formulações naturais à base de frutos vermelhos para prevenir doenças cardiovasculares, com Gilberto Alves. “SPACE” (Universidade do Porto), irá investigar a vigilância e controlo do ambiente espacial terrestre, Anna Guerman; “SpermFit” (Universidade de Aveiro), para abordar os efeitos transgeracionais da obesidade paterna infantil através de intervenções para perda de peso, com Branca Silva.
Em termos de Unidades de Investigação e Desenvolvimento (UID) da UBI, a Rise-Health UBI lidera em número de projetos aprovados (10), seguindo-se o C-MAST com três. O Instituto de Telecomunicações conta com dois projetos. Já o LabCom, CIDESD, FibEnTech e CISE veem um projeto financiado cada uma.